Navegando, olha só o que encontrei em http://www.audicenter.com.br/portal.php?sessao=conteudo&id=166&cat=16 . Feito por professores da USP. Destaquei aqui os pontos mais importantes.
“Avaliação do Risco de Perda Auditiva em Músicos"
Resumo
O objetivo desta pesquisa foi avaliar o nível de intensidade de som a que estão submetidos os músicos e o tempo de exposição a este som, para verificar se existe risco de perda auditiva. Mediu-se o nível de som próximo ao ouvido dos músicos. Os resultados foram comparados com os níveis de conforto estipulados pela norma NBR 10152 da ABNT e com os limites de exposição fixados pela Portaria 3.214/78 do Ministério do Trabalho. O níveis de som acusaram uma média de 90 dB(A), com picos que atingiram 110 dB(A). A análise dos dados indicaram um ambiente de grande desconforto acústico com risco de perda auditiva dos músicos.
1. Introdução
Dentre as inúmeras profissões e funções exercidas pelo homem em seu trabalho estão os músicos, que também sofrem com os efeitos da exposição aos altos níveis de intensidade sonora. Embora o som gerado por seus instrumentos não se caracterize como ruído, a
exposição a ele causa a perda auditiva e outras alterações importantes que interferem na sua qualidade de vida. A incapacidade auditiva se refere aos problemas auditivos sentidos pelo indivíduo com relação à percepção da fala em ambientes ruidosos, e as outras alterações relacionam-se às conseqüências não auditivas da perda, influenciada por fatores psicossociais e ambientais, tais como estresse e ansiedade.
(…) os músicos de orquestras devem ser treinados para proteger seus ouvidos do barulho de seus próprios instrumentos e de outros músicos. O nível sonoro de exposição permitido é de 90dB; mas o nível médio medido em uma apresentação foi de 98dB. Uma pesquisa (…) mostrou que assim como a surdez, músicos podem apresentar danos na discriminação de freqüência, e zumbido nos ouvidos.
(…) os músicos não se dão conta que danos irreversíveis foram causados em seus ouvidos, pois este tipo de lesão é invisível e cumulativa. Audição musical é naturalmente vital à performance profissional. Assim, muitos músicos preferem correr os riscos de danos auditivos a comprometer a qualidade de sua música usando protetores auditivos.
(…) afirma que os músicos estão sob grandes riscos de perda auditiva porque eles normalmente começam com poucos anos de idade e estão expostos ao longo de suas carreiras. Se eles não se conscientizarem desde cedo que estão propensos a ter perda auditiva, eles podem acabar tendo mais danos quando ficarem mais velhos.
2. Material e Métodos
Medição de decibéis
Instrumentos Mínimo Máximo
Saxofone 90 102
Trompete 100 110
Trombone 104 106
Clarinete 85 90
Guitarra 90 100
Bateria 90 106
Percussão 96 98
Teclado 90 100
Comparando com os valores permitidos, considerando que o tempo de ensaio é de 2horas, duas vezes por semana e no último domingo do mês, pela norma NR-15, foi observado que os músicos correm o risco de perderem a audição, uma vez que os valores adquiridos estão muito acima dos limites permitidos pela norma.
Quanto ao conforto auditivo dos músicos, os altos níveis de ruído apresentaram valores muito acima do estipulado pela NBR 10152. Esta situação pode causar diversas alterações na saúde e no bem-estar das pessoas, como estresse, diminuição do rendimento, falta de atenção, desconcentração, irritação etc. Após o trabalho, os músicos podem sentir zumbido nos ouvidos, sensação de oclusão nos ouvidos, dificuldade em dormirm dificuldade em relaxar etc.”
——————————-
Quem é operador de som tem exatamente o mesmo risco: ter sua audição prejudicada. Eu trabalho com isso desde os 15 anos, hoje tenho 33 e o meu ouvido direito dói quando o som está muito alto. É uma sequela que vou carregar para o restante da minha vida.
Houve um pastor na minha igreja que é técnico em segurança do trabalho. Ele colocou ordem no som: abaixar, abaixar, abaixar. No dia que saiu, os instrumentistas comemoraram, e o volume voltou a subir, subir, subir. O aumentar de volume cada vez mais já é sinal de perda auditiva.
Muitos compositores/maestros famosos, como Beethoven e Bach, entre outros, ao final das suas vidas estavam com a audição prejudicada, alguns até mesmo completamente surdos. E naquela época não havia amplificador nem caixa de som.
“Avaliação do Risco de Perda Auditiva em Músicos"
Resumo
O objetivo desta pesquisa foi avaliar o nível de intensidade de som a que estão submetidos os músicos e o tempo de exposição a este som, para verificar se existe risco de perda auditiva. Mediu-se o nível de som próximo ao ouvido dos músicos. Os resultados foram comparados com os níveis de conforto estipulados pela norma NBR 10152 da ABNT e com os limites de exposição fixados pela Portaria 3.214/78 do Ministério do Trabalho. O níveis de som acusaram uma média de 90 dB(A), com picos que atingiram 110 dB(A). A análise dos dados indicaram um ambiente de grande desconforto acústico com risco de perda auditiva dos músicos.
1. Introdução
Dentre as inúmeras profissões e funções exercidas pelo homem em seu trabalho estão os músicos, que também sofrem com os efeitos da exposição aos altos níveis de intensidade sonora. Embora o som gerado por seus instrumentos não se caracterize como ruído, a
exposição a ele causa a perda auditiva e outras alterações importantes que interferem na sua qualidade de vida. A incapacidade auditiva se refere aos problemas auditivos sentidos pelo indivíduo com relação à percepção da fala em ambientes ruidosos, e as outras alterações relacionam-se às conseqüências não auditivas da perda, influenciada por fatores psicossociais e ambientais, tais como estresse e ansiedade.
(…) os músicos de orquestras devem ser treinados para proteger seus ouvidos do barulho de seus próprios instrumentos e de outros músicos. O nível sonoro de exposição permitido é de 90dB; mas o nível médio medido em uma apresentação foi de 98dB. Uma pesquisa (…) mostrou que assim como a surdez, músicos podem apresentar danos na discriminação de freqüência, e zumbido nos ouvidos.
(…) os músicos não se dão conta que danos irreversíveis foram causados em seus ouvidos, pois este tipo de lesão é invisível e cumulativa. Audição musical é naturalmente vital à performance profissional. Assim, muitos músicos preferem correr os riscos de danos auditivos a comprometer a qualidade de sua música usando protetores auditivos.
(…) afirma que os músicos estão sob grandes riscos de perda auditiva porque eles normalmente começam com poucos anos de idade e estão expostos ao longo de suas carreiras. Se eles não se conscientizarem desde cedo que estão propensos a ter perda auditiva, eles podem acabar tendo mais danos quando ficarem mais velhos.
2. Material e Métodos
Medição de decibéis
Instrumentos Mínimo Máximo
Saxofone 90 102
Trompete 100 110
Trombone 104 106
Clarinete 85 90
Guitarra 90 100
Bateria 90 106
Percussão 96 98
Teclado 90 100
Comparando com os valores permitidos, considerando que o tempo de ensaio é de 2horas, duas vezes por semana e no último domingo do mês, pela norma NR-15, foi observado que os músicos correm o risco de perderem a audição, uma vez que os valores adquiridos estão muito acima dos limites permitidos pela norma.
Quanto ao conforto auditivo dos músicos, os altos níveis de ruído apresentaram valores muito acima do estipulado pela NBR 10152. Esta situação pode causar diversas alterações na saúde e no bem-estar das pessoas, como estresse, diminuição do rendimento, falta de atenção, desconcentração, irritação etc. Após o trabalho, os músicos podem sentir zumbido nos ouvidos, sensação de oclusão nos ouvidos, dificuldade em dormirm dificuldade em relaxar etc.”
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Quem é operador de som tem exatamente o mesmo risco: ter sua audição prejudicada. Eu trabalho com isso desde os 15 anos, hoje tenho 33 e o meu ouvido direito dói quando o som está muito alto. É uma sequela que vou carregar para o restante da minha vida.
Houve um pastor na minha igreja que é técnico em segurança do trabalho. Ele colocou ordem no som: abaixar, abaixar, abaixar. No dia que saiu, os instrumentistas comemoraram, e o volume voltou a subir, subir, subir. O aumentar de volume cada vez mais já é sinal de perda auditiva.
Muitos compositores/maestros famosos, como Beethoven e Bach, entre outros, ao final das suas vidas estavam com a audição prejudicada, alguns até mesmo completamente surdos. E naquela época não havia amplificador nem caixa de som.
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