David Fernandes
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Para completar o raciocínio que desenvolvi no artigo “O que você precisa saber sobre direct boxes”, que está no link https://somaovivo.org/forum/index.php?threads/o-que-você-precisa-saber-sobre-direct-boxes.577/, consegui emprestado para testes, os quatro DI’s passivos mais vendidos no mercado da minha região. Foram eles o Behringer DI600P, o Soundking AM 402, o CSR DBP e o Hayonik Hdi-1. Todos os modelos testados apresentam robustez em sua construção e os conectores são firmes, o que certamente evita problemas de mau contato. Observe as figuras de 1 a 4.
Os testes foram divididos em duas fases: na primeira, foi realizado um teste subjetivo de audição, no qual ouvi os quatro DI’s alternadamente, conectados ao mesmo violão de cordas de nylon e à uma caixa amplificada para violão da Warm Music. Ouvi a saída XLR balanceada e a LINK. Na outra fase do teste, conectei as saídas dos direct boxes ao microcomputador e gravei no software Audacity os sinais da saída balanceada e do LINK vindos dos DI’s. Nesta fase, gravei também um sinal que vinha direto do violão para referência e comparação.
Basicamente, devido à precariedade dos meus equipamentos de teste, apenas um parâmetro foi considerado importante para mensurar a qualidade dos dispositivos: o grau de modificação do sinal na saída balanceada (timbre e amplitude) e no LINK. É importante observar, que num equipamento de qualidade, o sinal que sai no LINK não deve sofrer variações de timbre e amplitude, uma vez que esta saída está ligada em paralelo ao INPUT.
Auditivamente…
… é um pouco complicado perceber as diferenças de timbre, mas elas existem. No DI600P, por exemplo, não se percebe modificações acentuadas no sinal da saída link, no entanto, na saída XLR, nota-se forte acentuação na região dos médios com prejuízo dos agudos.
Veja, abaixo, a tabela comparativa dos quatro DI’s.
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Em todos os modelos percebe-se a redução da faixa dinâmica e da resposta de freqüência na saída balanceada.
Objetivamente…
… as diferenças entre os modelos analisados são grandes e podem ser analisadas nas figuras abaixo.
Observe bem a figura e compare os sinais. Veja o primeiro gráfico, que representa o som direto, e compare com os outros, das saídas LINK. Repare que o único modelo a manter o sinal semelhante ao sinal direto é o CSR DBP, o quarto gráfico de cima para baixo. Note que todos os outros atenuam o sinal da saída LINK, especialmente o Hdi-1, que o achata bastante.
Esta alteração da saía LINK é a responsável pelo desagrado dos guitarristas com os direct boxes. Eles alegam, e com razão, que o DI altera o timbre do instrumento. Por isto, a aquisição de bons DI’s é imprescindível para a manutenção da qualidade.
Observe agora, os gráficos que representam a saída do sinal balanceado (XLR) dos DI’s em questão.
O primeiro gráfico representa o som gravado diretamente, sem a utilização de DI’s. Observe a diferença de amplitude dos sinais. Nos modelos analisados, o Soundking AM 402 foi o que apresentou maior volume na saída, enquanto o CSR DBP atenuou bastante o sinal de saída.
Levando-se em consideração apenas o volume, estes direct boxes podem ser usados com instrumentos que gerem altos níveis de sinal como teclados, guitarras e baixos (com captadores ativos). Num instrumento como o violão (usado no teste), o sinal de saída realmente fica muito fraco.
Concluindo…
Se você vai utilizar um destes direct boxes ao vivo, talvez as mudanças de timbre e amplitude não sejam percebidas, mas se você pretende utiliza-los num estúdio, estas alterações serão perceptíveis e degradarão a qualidade final do sinal.[/td]
Os testes foram divididos em duas fases: na primeira, foi realizado um teste subjetivo de audição, no qual ouvi os quatro DI’s alternadamente, conectados ao mesmo violão de cordas de nylon e à uma caixa amplificada para violão da Warm Music. Ouvi a saída XLR balanceada e a LINK. Na outra fase do teste, conectei as saídas dos direct boxes ao microcomputador e gravei no software Audacity os sinais da saída balanceada e do LINK vindos dos DI’s. Nesta fase, gravei também um sinal que vinha direto do violão para referência e comparação.
Basicamente, devido à precariedade dos meus equipamentos de teste, apenas um parâmetro foi considerado importante para mensurar a qualidade dos dispositivos: o grau de modificação do sinal na saída balanceada (timbre e amplitude) e no LINK. É importante observar, que num equipamento de qualidade, o sinal que sai no LINK não deve sofrer variações de timbre e amplitude, uma vez que esta saída está ligada em paralelo ao INPUT.
Auditivamente…
… é um pouco complicado perceber as diferenças de timbre, mas elas existem. No DI600P, por exemplo, não se percebe modificações acentuadas no sinal da saída link, no entanto, na saída XLR, nota-se forte acentuação na região dos médios com prejuízo dos agudos.
Veja, abaixo, a tabela comparativa dos quatro DI’s.
Modelo | Saída Link | Saída XLR |
Behringer DI600P | Mudança de timbre imperceptível. | Forte acentuação na região dos médios com prejuízo dos agudos.[/td |
Soundking AM 402 | Leve acentuação dos médios. | Forte acentuação na região dos médios com prejuízo dos agudos. |
CSR DBP | Mudança de timbre imperceptível. | Acentuação dos médio-graves e atenuação dos agudos (som fechado). |
Hayonik Hdi-1 | Mudança de timbre imperceptível. | Forte acentuação dos médio-graves. |
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Em todos os modelos percebe-se a redução da faixa dinâmica e da resposta de freqüência na saída balanceada.
Objetivamente…
… as diferenças entre os modelos analisados são grandes e podem ser analisadas nas figuras abaixo.
Observe bem a figura e compare os sinais. Veja o primeiro gráfico, que representa o som direto, e compare com os outros, das saídas LINK. Repare que o único modelo a manter o sinal semelhante ao sinal direto é o CSR DBP, o quarto gráfico de cima para baixo. Note que todos os outros atenuam o sinal da saída LINK, especialmente o Hdi-1, que o achata bastante.
Esta alteração da saía LINK é a responsável pelo desagrado dos guitarristas com os direct boxes. Eles alegam, e com razão, que o DI altera o timbre do instrumento. Por isto, a aquisição de bons DI’s é imprescindível para a manutenção da qualidade.
Observe agora, os gráficos que representam a saída do sinal balanceado (XLR) dos DI’s em questão.
O primeiro gráfico representa o som gravado diretamente, sem a utilização de DI’s. Observe a diferença de amplitude dos sinais. Nos modelos analisados, o Soundking AM 402 foi o que apresentou maior volume na saída, enquanto o CSR DBP atenuou bastante o sinal de saída.
Levando-se em consideração apenas o volume, estes direct boxes podem ser usados com instrumentos que gerem altos níveis de sinal como teclados, guitarras e baixos (com captadores ativos). Num instrumento como o violão (usado no teste), o sinal de saída realmente fica muito fraco.
Concluindo…
Se você vai utilizar um destes direct boxes ao vivo, talvez as mudanças de timbre e amplitude não sejam percebidas, mas se você pretende utiliza-los num estúdio, estas alterações serão perceptíveis e degradarão a qualidade final do sinal.[/td]
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